Quais impactos a resistência a antibióticos provoca na comunidade?
Esses medicamentos, no combate à Covid-19, podem interferir futuramente na resistência das bactérias?
Com o tema: Resistência microbiana (bactérias resistentes a antibióticos): mecanismos e impactos, a próxima live do projeto IRAS (Infecções relacionadas à assistência à saúde) vai tratar, entre outros assuntos, do atual cenário de pandemia. As professoras convidadas vão abordar como o uso de antibióticos no tratamento da Covid-19 pode interferir nos futuros padrões de resistência das bactérias a esses medicamentos. Ainda, os cuidados que devem ser tomados neste momento e as perspectivas do impacto disso no sistema de saúde.
Esse tema, mencionado pela professora Karla de Aleluia, uma das participantes do bate-papo, vai compor outros assuntos da live: as diferenças entre os tipos de medicamentos, como antibióticos, antibacterianos, antifúngicos, antivirais e antiparasitários. E mais: os “tipos de resistência bacteriana e como essas bactérias se tornam resistentes”, afirma a pesquisadora.
Outro aspecto da conversa será o impacto que essas bactérias resistentes (aquelas que não respondem bem aos tratamentos com antibióticos) têm na comunidade, no meio ambiente e nos hospitais. Para avaliar esses impactos, Karla aponta a "importância da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e farmácia hospitalar no controle das IRAS".
O bate-papo ao vivo será às 19 horas de sexta-feira, no link: meet.google.com/vrp-fcey-uks, e vai contar com outras duas professoras também do Instituto Federal de Goiás (IFG) – Câmpus Goiânia Oeste: Hellen da Silva e Silvana Barbosa. A professora Charlise Pedroso, do mesmo câmpus, será a mediadora. Todas as participantes fazem parte da equipe do projeto IRAS, que é realizado pelo IFG, com recursos do Ministério da Saúde.
Formação e experiência
Karla é formada em Farmácia, mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos e doutora em Biologia. Já trabalhou como pesquisadora convidada no centro de pesquisa Helmholtz Centre for Environmental Research GmbH (UFZ) em cooperação com o instituto de pesquisa Deutsche Biomasse Forschungs Zentrum (DBFZ), em Leipzig, na Alemanha. Neste local, ela desenvolveu seu projeto de pós-doutorado em Microbiologia Industrial e de Fermentação. Atua no IFG na área de Bioquímica e orienta ainda em programas de mestrado e doutorado.
A professora Silvana é graduada em Biomedicina, mestre em Medicina Tropical, com experiência na área de Microbiologia Médica e Análise de Líquidos Corporais. Atua com temas relacionados às doenças causadas por infecção, bactérias resistentes a antibióticos, tuberculose e infecções bacterianas. Formada em Biomedicina, a professora Hellen é mestre em Genética e doutora em Medicina Tropical e Saúde Pública. Trabalhou como pesquisadora no Laboratório de Transplante de Medula Óssea do Hospital Araújo Jorge, em Goiânia, na Associação de Combate ao Câncer em Goiás e como professora adjunta da Universidade Paulista. Entre as principais áreas em que a pesquisadora atua, estão: genética do câncer, biologia molecular, bioquímica e imunologia.
Certificação
Os participantes da live, que têm interesse em receber o certificado de participação de 2 horas, vão preencher no momento do bate-papo um formulário, por meio do sistema Sugep do IFG. O link será repassado no momento ao vivo, segundo a mediadora Charlise. Mas não é preciso se inscrever previamente para acompanhar a live.
O público-alvo dessa edição são pesquisadores do projeto, estudantes e profissionais da área da saúde, bem como os interessados nos diversos assuntos a serem tratados. As lives do Projeto IRAS, que até essa semana estão sendo realizadas às sextas-feiras, passarão a ocorrer quinzenalmente às quintas-feiras. A próxima, no dia 27 de agosto, vai tratar da pesquisa com seres humanos, os comitês de ética em pesquisa, dentre outros.
Para quem não puder acompanhar ao vivo, todos os vídeos estão sendo disponibilizados no canal do Youtube do Projeto IRAS: https://www.youtube.com/channel/UCS5jc_8Jdom_SSNu25djWfg
O projeto IRAS
Financiado pelo Ministério da Saúde (MS), o IRAS tem como objetivo disponibilizar uma ferramenta de cruzamento de dados de prontuários de pacientes junto às Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) - setor inserido nos hospitais. Inicialmente, serão beneficiados 20 hospitais, localizados em São Paulo e em Goiás. Com este software, que está em fase de implementação e personalização nos hospitais participantes, espera-se a redução nos casos de infecção hospitalar, entre outras soluções.
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