Câmpus Aparecida

IFG vai produzir 123 mil máscaras de tecido em 12 cidades goianas

A produção começa nesta segunda-feira, 22, e envolve também a confecção de máscaras inclusivas, que permitem leitura labial por surdos

  • Imprimir
  • Publicado: Segunda, 22 de Junho de 2020, 10h20
  • Última atualização em Quarta, 08 de Julho de 2020, 16h17

O Instituto Federal de Goiás (IFG) - Câmpus Aparecida de Goiânia inicia nesta segunda-feira, 22 de junho, a produção de máscaras de tecido pelo projeto de extensão “Construção de EPIs – Máscaras de Tecido contra Propagação do Covid-19”. Coordenado pela diretora-geral do câmpus e pela coordenadora do curso técnico integrado em Modelagem do Vestuário, professoras Ana Lucia Siqueira de Oliveira e Yane Ondina de Almeida, respectivamente, a ação é uma parceria do IFG - Aparecida com a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), para proteção individual de uso não hospitalar na prevenção à transmissão e contágio pelo novo coronavírus.

A parceria possibilitou recursos para insumos como tecido, elástico, embalagens, linhas e outros materiais, além do pagamento de bolsas para estudantes e membros da comunidade externa selecionados para o trabalho de corte e costura, totalizando R$ 290.480 mil. O projeto é institucional e conta com participação da Reitoria do IFG e dos câmpus  Águas Lindas, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Formosa, Goiânia, Inhumas, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Senador Canedo, Uruaçu e Valparaíso, o que garantirá a distribuição de máscaras às comunidades mais necessitada nessas cidades e também a profissionais do IFG e alunos, com vistas à proteção da comunidade acadêmica para quando for definido o retorno às aulas.

Considerando a necessidade de atenção aos alunos surdos do curso de licenciatura em Pedagogia Bilíngue e a demandas específicas que forem manifestadas pelos câmpus, estão sendo confeccionadas também máscaras com plástico cristal, a serem utilizadas pelos intérpretes de Libras. A utilização do material transparente possibilita a leitura labial, que é um recurso utilizado por alguns surdos para auxiliar na compreensão das mensagens. O modelo que aparece no alto à direita na foto das máscaras-piloto é uma criação da estilista e modelista Dora Lucena, ex-aluna da professora Yane Ondina, tendo sido adquirida para avaliação dos intérpretes de Libras sobre viabilidade do produto para o trabalho cotidiano.

Além das coordenadoras Ana Lucia e Yane, a equipe executora do projeto é integrada pelas servidoras Morgana Costa Barbosa, Maria Etevalda Batista da Silva, Ana Paula da Mota Leite e Ieda Vilela Machado. Foram selecionados em Aparecida de Goiânia, via chamada pública, alunos e membros da comunidade externa para trabalhar como bolsistas e voluntários nas funções de cortador, auxiliar de corte, costureiro e auxiliar de costura, totalizando 34 pessoas, sendo 14 com bolsas no valor de R$ 400 cada, quatro delas por um mês (corte) e dez por três meses (costura). O número de bolsistas e voluntários varia nos demais câmpus, mas fica em torno de 30 pessoas em cada localidade.

 

União de esforços

Uma grande força-tarefa está possibilitando a realização do projeto. Após a modelagem e o corte das máscaras-piloto, professores da área técnica do curso de Modelagem do Vestuário estão fazendo o risco de encaixe dos moldes no sistema CAD, para impressão em empresa especializada. As equipes de bolsistas e voluntários farão o corte dos tecidos e elásticos, enquanto equipes de voluntários e profissionais do IFG serão responsáveis pela divisão em pacotes para envio de máscaras à Reitoria, que providenciará a distribuição das mesmas aos demais câmpus envolvidos. Os cortes estão sendo feitos no Laboratório de Corte e Costura do curso de Modelagem do Vestuário do Câmpus Aparecida. Já a costura das máscaras será feita nas próprias residências dos costureiros bolsistas e voluntários.

Nas cidades destinatárias, as equipes de costura receberão um vídeo com instruções sobre higienização do local de trabalho e uma apresentação em Power-Point com o passo a passo de montagem do produto em escala, facilitando e direcionando a montagem, para garantir a qualidade do produto e agilidade para quem trabalha. Profissionais do IFG farão o empacotamento das máscaras, que serão acompanhadas de material impresso informativo sobre regras de uso. A  distribuição do material às comunidades interna e externa será feita pelas equipes envolvidas em cada cidade.

 

Interação dialógica

As máscaras serão confeccionadas em dupla camada de tecido de algodão, reaproveitáveis mediante higienização adequada e de tamanho único, em dois modelos: anatômica/bico de pato e 3D/com dobras. O projeto de extensão observa que, de acordo com o Ministério da Saúde, as máscaras caseiras são uma intervenção a ser implementada junto com as demais medidas de proteção, como distanciamento social, etiqueta respiratória e higienização das mãos, com vistas a interromper o ciclo da Covid-19.

A distribuição dos Equipamentos de Proteção Individuais deve começar no mês de julho. As coordenadoras do projeto destacam que, fundamentado no respeito e no zelo com a vida neste momento de pandemia, a ação considera a importância da interação social com segurança. “O IFG se fará presente no voluntariado junto à comunidade de cada câmpus e cidade onde estamos presentes, acontecendo então a interação dialógica, com a troca de trabalho e doações de máscaras”, afirmam no projeto, que ressalta também a aproximação de profissionais do IFG, os alunos e a comunidade. A execução do projeto será realizada pelo período de quatro meses, incluindo o período de preparação do projeto e aquisição dos materiais, iniciada em maio.

 

Selo exclusivo

O projeto “Construção de EPIs – Máscaras de Tecido contra Propagação do Covid-19” ganhou um selo, criado pela Diretoria de Comunicação Social do IFG, especificamente para ele. O selo traz a imagem de uma casinha, que se alia à campanha “Fique em casa”, e um coração, que além de ser uma alusão à linguagem digital das redes sociais, simboliza humanidade, amor, solidariedade.

 

Inscrições de bolsistas e voluntários

Pessoas interessadas em atuar como bolsistas e voluntários na função de costureiro(a) nas cidades dos câmpus envolvidos no projeto podem se inscrever neste link. A seleção será feita pelas respectivas unidades do IFG, conforme requisitos exigidos na Chamada Pública 02/2020 IFG/Câmpus Aparecida de Goiãnia. O documento apresenta o número de vagas disponíveis para bolsistas e voluntários em cada localidade. Podem participar pessoas das comunidades interna e externa ao IFG.

Imagens do início dos trabalhos

 

Coordenação de Comunicação Social / Câmpus Aparecida de Goiânia