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Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos de São João D'Aliança é objeto de pesquisa de graduanda do Câmpus Formosa

Estudo realizado por meio do Pibic analisou o impacto e a importância de políticas públicas na qualidade de vida dos idosos

  • Publicado: Quarta, 31 de Maio de 2023, 17h43
  • Última atualização em Segunda, 26 de Junho de 2023, 11h30
Abigail Faria avaliou serviço de assistência a grupos de idosos em sua pesquisa
Abigail Faria avaliou serviço de assistência a grupos de idosos em sua pesquisa

Participar de aulas de artesanato ou fazer atividades físicas podem ser tarefas corriqueiras e ocasionais quando executadas pela maioria das pessoas, geralmente crianças e jovens. Entretanto, para uma parcela da população, os idosos, participar destas atividades é fundamenal e significa cuidar da saúde e do bem-estar com afinco. Em razão disso, a estudante de Licenciatura em Ciências Sociais, Abigail da Costa Faria, do Câmpus Formosa do Instituto Federal de Goiás (IFG), resolveu, entre 2021 e 2022, analisar uma política pública aplicada na cidade em que mora, São João D'Aliança, município goiano localizado a 113 Km de Formosa. A localidade oferece o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) a um grupo de 38 idosos, em sua grande maioria, mulheres.

A estudante do IFG participou do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), com o projeto de pesquisa "Grupo de Idosos(as) vinculado ao Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos na cidade de São João D’Aliança – Goiás: o estudo de uma política social que resiste", orientado pela professora do Câmpus Formosa, Kaithy das Chagas Oliveira, e co-orientado pela assistente social do Câmpus Formosa, Paula Gonçalves Rezende dos Santos. Para isso, a graduanda recebeu bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A proximidade e a curiosidade em relação a questões ligadas aos idosos influenciaram a escolha do tema. Abigail mantém pleno convívio com os dois avós maternos e a avó paterna, também de São João D'Aliança, e conta que passou muitas tardes na companhia deles, ouvindo histórias. "O mundo no passado era particularmente diferente e eu sempre fui curiosa sobre isso", declarou. O relacionamento "é de muito afeto: troco livros com meu avô e aprendo de plantas medicinais com a minha avó", que também participa da ginástica ofertada ao grupo, na cidade.

No entanto, nem todos os idosos recebem carinho e atendimento, como os avós de Abigail. Uma boa parcela desta população de 31,2 milhões de idosos no Brasil, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), precisa da assistência social proporcionada por políticas públicas devido à situação de vulnerabilidade social e isolamento em que vivem. Este fato somado ao desejo de pesquisar sobre sua cidade fizeram com que ela e a orientadora definissem o tema. "Conversei muito com a minha orientadora e a gente acabou chegando a este grupo específico, que tem tudo a ver com a minha área", informou.

Pesquisa

O estudo teve início no período pandêmico da Covid-19, em agosto de 2021, e foi concluído um ano depois, quando o isolamento social já não era mais obrigatório. De modo geral, o objetivo era investigar o impacto desta política de proteção social no grupo de idosos participantes do SCFV de São João D'Aliança.

Encontro do grupo de idosos realizado em 2022
Encontro do grupo de idosos realizado em 2022

Utilizando o método qualitativo, Abigail analisou de perto o serviço social ofertado no período pandêmico, acompanhando as usuárias e usuários que faziam oficinas de artesanato, alongamento e rodas de conversa sobre participação, direito de ser e convivência social, por meio de aplicativos de celular e computadores, na pandemia. Em datas comemorativas, conta a pesquisadora, "a equipe de facilitadores e orientadora social realizava visitas restritas ao portão da casa das participantes, onde levava lembrancinhas e fazia provocações por meio de diálogo para manter o vínculo", explicou.

O resultado da pesquisa comprovou a importância da efetividade de programas de assistência social na vida dos menos assistidos. "Fiz trabalho de campo, acompanhando a tratatividade com as usuárias, conversei com elas e, a partir disso, cheguei ao resultado que a política funcionava, que o grupo funcionava muito bem, mas que os serviços ofertados estavam sendo afetados pela falta de verba, de financiamento governamental", concluiu.

Hoje, visitando o local, a estudante de Ciências Sociais conta que é possível observar uma melhora nos serviços prestados e um engajamento maior dos participantes. "Voltando lá agora percebo que está muito melhor do que quando estava no período da pandemia e retorno dela, porque era o caos de ter passado muito tempo sem estar presencialmente e sem recursos para organizar as oficinas", relatou.

Aula de ginástica para grupo de idosos e demais interessados
Aula de ginástica para grupo de idosos e demais interessados

Para Agma Dias Honorato, de 65 anos, que participa atualmente de todas as atividades ofertadas pelo Serviço de Convivência, o grupo é um momento para socializar e faz a diferença em sua vida. "Para mim não tem coisa melhor, a melhor coisa que apareceu na minha vida foram estes programas. Eu era uma pessoa isolada, frustrada. Para mim, me ajudou muito ", disse a aposentada, que se diz mais entrosada com as amigas da turma. Ela participa sempre que pode e está no grupo há seis anos.

 

 

Tem Ciência no IFG!

Entrevista com a pesquisadora durante gravações do projeto
Entrevista com a pesquisadora durante gravações do projeto

Abigail da Costa Faria faz parte do grupo de estudantes pesquisadores do Câmpus Formosa entrevistado para a realização do projeto Tem Ciência no IFG!, da Coordenação de Comunicação Social e da Gerência de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão. Ela vê na iniciação científica uma possibilidade de ampliar o conhecimento e abrir portas para o futuro. "Acho que foi muito positivo, uma realização para mim, porque foi uma oportunidade de colocar em prática os métodos que a gente aprende durante a graduação. É a oportunidade de contribuir para o futuro, quem sabe uma pós-graduação, um mestrado na área de pesquisa em ciências sociais", finalizou.

 

Assista à entrevista de Abigail, concedida à equipe do Tem Ciência no IFG!, no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=kofVNlD4EOc

 

 *Imagens: CCS e Arquivo Pessoal - Abigail da Costa Faria

Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Formosa

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