Câmpus Formosa promove série de atividades com a poeta e arte-colagista Lia Testa
Cultura e acessibilidade marcam a semana, com proposta de atividades até 16 de junho, no IFG e Museu Couros

O Câmpus Formosa do Instituto Federal de Goias (IFG) e a cidade de Formosa recebem, ao longo do mês de maio, uma série de atividades culturais e acadêmicas com a presença da professora Eliane Cristina Testa — também conhecida artisticamente como Lia Testa —, doutora do Câmpus Araguaína da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT). Poeta e arte-colagista com publicações e exposições no Brasil e no exterior, Lia Testa foi convidada pelo professor do Câmpus Formosa e artista visual Lemuel Gandara para contribuir com ações que integram arte, literatura, educação e acessibilidade.
As atividades tiveram início no dia 12 de maio, com a palestra de lançamento da terceira edição da revista “Partes de um todo: Revista de Educação, Artes e Literaturas”, publicação que reúne produções dos alunos do primeiro ano em 2024 do curso Técnico Integrado em Biotecnologia. A edição tem como dossiê o tema “Imaginários sobre o Norte”, fruto de um ano de trabalho com os estudantes na disciplina de Leitura e Produção de Textos.

A capa da edição traz a obra "A rede", cedida por Lia Testa, e apresentada aos alunos e alunas durante o lançamento, em sala de aula. “A capa é um momento de êxtase muito grande porque fala muito do Tocantins, pelo capim-dourado”, justifica Testa. Os textos e diversas imagens contidas nas páginas são produções dos estudantes sobre a cultura do Norte do país. “Essa é a visão que eu tenho do Norte. Minha família é do Tocantins, então são as histórias que a gente passa lá”, declarou Laís Souza, uma das alunas que produziram a revista.

Na ocasião, também foi lançado o site oficial do periódico. Para o coordenador do projeto, Lemuel Gandara, a produção da revista é um feito importante, que marca o Câmpus. “Essa surpresa é muito importante. É importante para este câmpus, porque os três volumes foram feitos aqui, importante para quem está entrando agora, do primeiro ano de Biotecnologia, como isto também movimenta os alunos de uma certa maneira, porque vocês, enquanto estudantes, e agora como artistas, foram respeitados”, justificou. Gandara disse que “é uma das primeiras revistas, tirando a Zootecnia, que também é do Instituto Federal de Goiás, onde as produções dos alunos têm agora, não somente um respaldo editorial, mas um respaldo também em torno da internet, que todos podem compartilhar”.

Em sua participação, Lia Testa contou aos estudantes sobre a produção de suas duas grandes paixões, a colagem e a poesia, e se mostrou admirada com os trabalhos dos secundaristas. “Eu fiquei muito impactada com a revista, porque eu vi um nível de produção de vocês com todo um trabalho de pesquisa, de imersão”. A artista incentivou os estudantes na continuidade ao trabalho iniciado e discorreu sobre a importância da arte literária: “A literatura abre muitos caminhos para a nossa formação humana. O humano está precisando reaprender a ser humano”.
Programação
As atividades seguem no dia 15 de maio, com a Oficina de Poesia e Colagem, voltada para os estudantes dos terceiros anos dos cursos técnicos integrados ao Ensino Médio em Biotecnologia e Saneamento. A atividade propõe a experimentação estética e a produção artística como forma de expressão crítica e sensível.

No dia 16 de maio, às 19h30, será realizada a vernissagem da exposição individual “Revive Cerrado”, com obras de Lia Testa e curadoria do professor Lemuel Gandara. A abertura acontece na Fundação Museu Couros de Formosa, com a presença da artista.
A mostra poderá ser visitada gratuitamente entre os dias 19 de maio e 16 de junho, com recursos de acessibilidade cultural garantidos por meio da mediação do NAPNE/IFG – Câmpus Formosa, em parceria com o Museu em Braille. Pela primeira vez na história do museu, uma exposição estará acessível em Braille para pessoas cegas ou com baixa visão, além de contar com rampas de acesso para cadeirantes.
As atividades fazem parte de um conjunto de ações transversais e interinstitucionais, conectadas a importantes projetos de pesquisa, ensino e extensão. São eles, o projeto de iniciação científica “Ancestralidade textual: O meio ambiente a partir de pontos de Umbanda”, aprovado no edital PIBIC/PIBIC-Af (Edital Nº 12/2024-PROPPG); a pesquisa de pós-doutorado do professor Lemuel Gandara, com supervisão de Lia Testa, no Programa de Pós-Graduação em Linguística e Literatura da UFNT, vinculada à linha de pesquisa “Ensino de literatura e letramento literário”.
Além destes projetos, também estão associados às atividades o Projeto de Ensino “Acessibilidade Cultural e Práticas Formativas”, em fase de elaboração, com coordenação da professora Gláucia Mendes da Silva e do professor Lemuel Gandara, e o trabalho do NAPNE do Câmpus Formosa, essencial para a viabilização da exposição acessível e das práticas inclusivas no evento.
A presença de Lia Testa em Formosa marca um importante momento de integração entre arte, literatura e inclusão, reforçando o papel da escola pública como espaço de formação cultural, estética e cidadã.
Leia aqui o volume 3 do periódico.
Acesse o site da Revista “Partes de um todo”: www.partesdeumtodo.com.br.
Notícias relacionadas:
"Partes de um todo - Revista de Educação, Artes e Literaturas" traz a brasilidade como tema este ano
Revista inédita é publicada por professor e estudantes do Câmpus Formosa
Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Formosa
Redes Sociais